Thursday, August 26, 2004

A Alquimia do Amor, Nicholas Sparks



Este livro fala-nos do casamento, neste caso de um casamento que parece estar a falhar, agora que os filhos deixaram de viver com os pais, deixando os novamente numa vida a dois. Vida essa que talvez já não conheçam, porque ao longo do tempo que estiveram casados foram-se distanciando sem darem conta, até um ponto em que viviam na mesma casa mas estavam a deixar de viver em conjunto.
Os casamentos chegam muitas a um ponto em que a única coisa, que faz com que se mantenham juntos, são os filhos. Quando os filhos saíram de casa, a ligação entre eles e a insegurança e dúvida apoderou-se principalmente da mulher. Ao longo do livro assistimos a luta do homem para fazer a sua mulher apaixonar-se de novo por ele, enquanto ele se tenta mudar, para se tornar numa pessoas mais atenciosa e carinhosa, vamos nos apercebendo do grande amor que ele sente pela sua mulher. Um livro muito interessante, com algumas surpresas "deliciosas" talvez uma boa prenda para alguns casais, mas mesmo para pessoas que não são casadas é uma leitura bastante agradável, e poderá muito bem ajudar a compreender que o amor não são apenas duas palavras.



Um pequeno resumo, para a Chilita, que está pensar ler o livro

Tuesday, August 24, 2004

Falsa Amizade



Ele nunca tinha falado com ela, tinham andado na escola juntos mas nem sequer tinham sido da mesma turma. Eram apenas alunos da mesma escola que se cruzavam enquanto olhavam em direcções opostas, aquelas pessoas que se cruzassem na rua, fingiriam nunca se terem visto, porque o facto de já se terem visto não era suficiente para admitirem que se tinham visto.
Um dia, alguns anos depois, encontram-se por coincidência através de um amigo comum. Para surpresa dele, ela age como se conhecessem, e como se não fosse já estranho o suficiente, age também como se fossem os melhores amigos. Fica indignado como é possível tamanha falsidade, mas não consegue reagir. Foi incapaz de reagir a algo que esperava que as outras pessoas fossem incapazes de fazer, pensava que não seria possível que alguém tivesse coragem para “falsificar” uma relação de amizade pois não estava preparado para tal golpe contra as regras imaginárias, pelas quais se regia, e que tinham sido estabelecidas ao longo de séculos. Detestou-a por isso.
Contudo a sua indignação interior não passou disso mesmo, pois ele acabou por fingir, teve raiva de si mesmo, mas de que lhe valia isso senão para ter ainda mais raiva de si mesmo. Compactuou assim com a falsa amizade.

I've got you under my skin



I've got you under my skin
I've got you deep in the heart of me
So deep in my heart that you're really a part of me
I've got you under my skin

I'd tried so not to give in
I said to myself this affair never will go so well
But why should I try to resist when baby I know so well
I've got you under my skin

I'd sacrifice anything come what might
For the sake of having you near
In spite of a warning voice that comes in the night
And repeats, repeats in my ear
Don't you know little fool
You never can win
Use your mentality, wake up to reality
But each time that I do just the thought of you
Makes me stop before I begin
'Cause I've got you under my skin

Frank Sinatra

Tão longe e tão perto, como um passo



Um passo e podia ser livre. Um passo e tudo acabava. Sentia o ar fresco de fim de tarde na cara como uma voz que o chama; um passo e libertava-se. E liberto os outros da minha insignificante existência, pensou, para quê existir se não sinto que existo…
Olhou para trás, e memórias e tudo que viu pareceu-lhe dar força; olhou em frente, hesitou. O horizonte longínquo era como a fronteira, longínquo mas ao mesmo tempo, tão perto… à distância de um passo. Começou a mover-se, a perna direita reagiu e ele ia dar um passo. “Espera! – gritou para o seu corpo”. Porquê um passo com a perna direita? Porque não com a esquerda?
Dizem que devemos começar as coisas com o pé direito, devemos acabá-las também com o direito? Ou então, ao contrário, devemos acabá-las com o esquerdo? E isso importa agora!? Claro que importa, se me salvar a vida…

Monday, August 23, 2004

A Ilusão da Paixão



O tempo faz esquecer, e algum tempo já tinha passado e ele ia esquecendo. Mas quando menos esperava apaixonou-se outra vez por quem já estava apaixonado. É possível devido à facilidade com que confundimos o que sentimos com o que pensamos sentir, e assim ele pensava que já não a amava, pois o tempo levou-o a querer que era melhor desistir, foi-se tentando convencer que já não sentia o que antes tinha sentido. Afinal de contas tinham passado praticamente seis meses sem a ver. Mas um dia encontra-a de novo e acontece tudo de novo, como se fosse a primeira vez… A sua maneira maravilhosa de andar, o seu sorriso… os seus cabelos. E quando pensava que já não estava apaixonado, pensou que se tinha apaixonado outra vez sem na verdade alguma vez ter deixado de o estar…
Agora o que acontece? Provavelmente espera mais seis meses, sete, oito… um ano, até que vai pensar que está apaixonado quando já não o está e só quando a linha do que sente e a linha do que pensa sentir se encontrarem… só nessa altura irá se apaixonar de novo e o ciclo repetir-se-á quer as coisas resultem quer não, o ciclo é inevitável.


Ilusão Mental


Porque nem sempre o que pensamos do que nos rodeia corresponde á realidade.

Ilusão Mental é a Ilusão de Óptica, mas é a ilusão face a tudo aquilo que não podemos ver. Tudo aquilo que apenas existe na nossa mente.