De volta...

Deitou a cabeça no seu colo enquanto se agarrava a barriga com dores. Ele não soube o que fazer, a ignorância do que se estava a passar paralisava-o.
Entretanto, uma lágrima soltou-se e percorreu a face dela até cair suavemente sobre a perna dele. Quando sentiu o liquido tocar-lhe, sentiu uma enorme onda de compaixão para com aquela pessoa.
O carro parou, chegaram ao inicio das escadas que os iriam levar até ao terceiro andar. Fraca e frágil, ela olhou amedrontada para as escadas que iria ter de subir. Sabia que não era capaz então virou-se para ele e murmurou-lhe um simples “ajuda-me”.
Sem pensar duas vezes, começou a subir levando a nos braços. Foi-lhe relativamente fácil ao inicio, mas a dois lances de escada do seu objectivo as forças começavam a faltar. Apercebendo-se disso, ela pediu-lhe que descansasse. Contudo, ele não quis, o seu orgulho convencia-o de que não havia tempo e de que não precisava. Fez então um ultimo pedido aos seus músculo e recomeçou a subida. Estavam agora a poucos degraus do terceiro andar quando os músculos explodiram em protestos, atordoado ainda tentou subir mais um degrau, mas não havia nada que pudesse fazer, começou a cair para trás quando o chão lhe fugiu por baixo dos pés criando aquela sensação de calor súbito. Apercebendo-se da inevitável queda apertou-a nos braços e só pensou em amortecer a queda dela antes de cair no chão plano que intercalava os lances de escada.