Tuesday, January 31, 2006

Sonhando? Acordado?

Adormeci, passei por uma porta e entrei numa divisão completamente negra, rodeada de nada para os que o conseguem imaginar assim. A única coisa existente era uma rosa, a mais bela que já tinha visto. Toda a magnífica flor irradiava perfeição e eu fascinado soube que tinha de tê-la.
Estendi a mão, era minha. Subitamente uma dor cortante atacava me mão, eram os espinhos que defendiam aquela rosa que não fora feita para pertencer-me. Mas não larguei, continuei a puxá-la, mas qualquer força invisível fazia com que permanecesse no mesmo lugar. Os espinhos cravavam-se cada vez mais, mas queria tanto aquela rosa… fingia não sentir a dor e mesmo sabendo que não podia tê-la ao mesmo tempo acreditava com tanta força que a podia ter e por isso aumento a força bem como a dor. De repente sinto um vazio debaixo dos pés, minha única salvação a rosa mas as mãos feridas talvez não suportassem muito mais não tinha outra escolha, tinha de me segurar, aguentar. Mas depressa fui vencido, libertei a rosa, caio… no chão…como se este nunca tivesse deixado de lá estar. Na verdade, eu é que o tinha esquecido. Levanto-me e vejo a rosa no ar, intocável.
Saio da sala.
Amanhã tentarei outra vez, talvez me doa menos se me habituar.