Tuesday, August 24, 2004

Tão longe e tão perto, como um passo



Um passo e podia ser livre. Um passo e tudo acabava. Sentia o ar fresco de fim de tarde na cara como uma voz que o chama; um passo e libertava-se. E liberto os outros da minha insignificante existência, pensou, para quê existir se não sinto que existo…
Olhou para trás, e memórias e tudo que viu pareceu-lhe dar força; olhou em frente, hesitou. O horizonte longínquo era como a fronteira, longínquo mas ao mesmo tempo, tão perto… à distância de um passo. Começou a mover-se, a perna direita reagiu e ele ia dar um passo. “Espera! – gritou para o seu corpo”. Porquê um passo com a perna direita? Porque não com a esquerda?
Dizem que devemos começar as coisas com o pé direito, devemos acabá-las também com o direito? Ou então, ao contrário, devemos acabá-las com o esquerdo? E isso importa agora!? Claro que importa, se me salvar a vida…

1 Comments:

Blogger ilusionista said...

É verdade tixa. É por as coisas serem tão imprevisíveis é que nos arrependemos. Se pudessemos saber as consequências das nossas opcções antes de as fazermos, nunca iamos ter de pensar: se eu soubesse o que ia acontecer não tinha feito isto. bjs :)

1:52 PM  

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